Muito parecido com o nosso Copom, há um órgão nos Estados Unidos que se chama Fomc, o comitê de política monetária dos norte-americanos. A sigla quer dizer Federal Open Market Committee, que pela tradução livre seria como Comitê Federal de Mercado Aberto. O objetivo principal do órgão é nortear os aspectos da política monetária nacional e agora, você vai saber tudo sobre ele.
O Fomc é uma instituição pública ligada ao Federal Reserve, o famoso Fed, que seria como o nosso Banco Central do Brasil (ou BC, para os íntimos). O órgão define a taxa básica de juros dos EUA, através de reuniões que seus membros se encontram periodicamente para analisar o cenário e avaliações.
Ao todo, são oito reuniões ao longo do ano para visar o rumo da política monetária no país, de uma forma que o Fed consiga tirar do papel e surtir efeito na economia do país estadunidense. A composição gera bastante curiosidade: são 17 membros participantes e só 12 tem direito a voto. Entre os que votam, está o mandatário máximo do Fed de New York, sete conselheiros provenientes do Federal Reserve Board e mais quatro presidentes dos outros Reserve Banks dos 11 restantes.
Os objetivos do Fomc
Todas as responsabilidades do Fomc estão diretamente ligadas aos aspectos da política monetária dos Estados Unidos, ou seja, basicamente ligadas ao dinheiro circulante da nação. Sendo assim, um dos principais deveres é definir três taxas da economia com a intenção de atender a uma política econômica que pode ser expansionista ou contracionista.
Por exemplo, se for expansionista, precisa guinar a oferta de dinheiro disponível no mercado. Para isso, as taxas podem ser fixadas em valores mais baixos e com o custo do crédito é reduzido, mais dinheiro irá circular. Como tudo tem um fim, quando o consumo está muito alto, a lei da oferta e demanda acaba aumentando a inflação.
E é então que outra intervenção do Fomc na economia entra em ação por meio da fixação de suas três taxas, normalmente colocando-as em patamares mais elevados. Com isso, o custo do crédito aumenta e acaba sendo menos ofertado. Os títulos do governo voltam a ficar mais atraentes por conta da rentabilidade. Mas é nesse momento que a oferta de dinheiro diminui no mercado, desencadeando um movimento de contração da economia.
Para esses movimentos ocorram, o Fomc manipula três taxas:
- A taxa básica de juros, para definir o pagamento de juros dos papéis do governo nas operações de captação de dinheiro do mercado, sem contar que regula o custo do crédito no mercado;
- A taxa de redesconto, para definir o valor cobrado pelo governo e emprestar dinheiro para os bancos comerciais;
- A taxa de depósito compulsório, para definir o percentual que deve ser depositado compulsoriamente pelos bancos como uma reserva financeira.
Mas como acontece as reuniões?
O ponto principal das reuniões é o desenvolvimento de relatórios que vem antes cada um dos oito encontros anuais dos membros do comitê. São documentos muito bem detalhados que abrangem os aspectos da economia dos EUA, distribuídos para os membros antes do encontro. Ou seja, ninguém vai para a reunião despreparado.
São confeccionados três documentos e um deles é o Beige Book, em que estão contidas as informações setorizadas em relação a cada filial do Fed. Nele há informações como atividade empresarial, eventuais desastres ambientais e dados sobre consumo.
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Há também o Green Book, em que estão os principais dados sobre projeções econômicas em relação ao mercado financeiro, tanto nacional como mundial. E o terceiro é o Blue Book, que indica várias medidas que podem ser tomadas, levando em conta os outros dois relatórios, como se fosse um norte a seguir.
Na hora de decidir
Você já deve imaginar que os três relatórios servem para dar embasamento na hora dos membros do Fomc decidir. Mas de que maneira as decisões são tomadas? Bem, acontece durante a reunião e após discussões entre os presentes, incluindo as informações tidas nos documentos e mais opniões sobre a economia do país.
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Os assuntos que não saem do foco do órgão são: nível de emprego, taxa de juros, política fiscal, setor de construção civil (tanto comercial quanto residencial), mercado de câmbio e claro, investimentos. Também é pontuado as tendências do mercado de trabalho, os salários pagos aos funcionários, por exemplo.
Depois de horas de conversa, cada membro do Fomc expões sua análise e só então, chega o momento de escolher quais serão as recomendações em relação à política monetária. A decisão é por meio de votação, lembrando que 12 dos 17 membros têm o direito de votar.
Com a apuração dos votos, a instituição publica a sua recomendação para que já seja colocada em prática. Sim, a cada nova reunião, tudo se repete. As decisões são analisadas com novos índices e novos caminhos podem ser tomados.
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