Sabe aquele sentimento de estar no lucro e, de repente, ver tudo indo ladeira abaixo? Pois é. Quem investe na bolsa já passou por isso. O mercado vira, o humor dos investidores muda, uma notícia inesperada sai… e lá se vão os ganhos.
A questão é: o que você pode fazer para se proteger?
Muita gente simplesmente aceita o risco. Outros vendem tudo no pânico e realizam prejuízo. Mas os investidores experientes usam opções para segurar o jogo.
E sabe o que é melhor? Você não precisa ser um trader profissional para usar hedge com opções. Basta entender como call e put funcionam e aplicar de um jeito simples. E, se quiser ir além, entender as gregas das opções pode te ajudar a prever o comportamento dos contratos e aprimorar suas estratégias de proteção.
1. Put – garantindo um preço mínimo de venda
Vou te contar uma história fictícia. João comprou 100 ações da Petrobras a R$ 28,00 cada. Ele está otimista, mas sabe que o mercado pode surpreender negativamente. Para evitar um tombo muito grande, ele compra um put com preço de exercício de R$ 26,00 e paga R$ 1,00 por contrato.
Agora, vamos ver os possíveis cenários:
- Se a ação subir para R$ 32,00, ele ignora o put e só perde os R$ 1,00 pagos pela opção.
- Se a ação cair para R$ 23,00, ele pode exercer o put e vender a R$ 26,00, reduzindo a perda.
Erro comum: Muita gente só lembra de hedge com opções depois que a queda já começou. Se você espera o mercado derreter para comprar put, o preço da opção já estará alto demais. Isso acontece por conta do Vega, uma das gregas das opções, que mede a sensibilidade dos preços à volatilidade. O ideal é se proteger antes da turbulência.
2. Call – ganhando enquanto espera
Agora, imagine a Maria. Ela tem 200 ações da Vale, compradas a R$ 68,00 cada. Ela não quer vender, mas também não quer ficar parada vendo o tempo passar.
O que ela faz? Vende um call com preço de exercício de R$ 72,00 e recebe R$ 2,00 por ação como prêmio.

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Os cenários são os seguintes:
- Se a ação continuar abaixo de R$ 72,00, ela mantém as ações e ainda embolsa os R$ 2,00 por ação de prêmio.
- Se a ação subir acima de R$ 72,00, ela pode ser exercida e vender suas ações por esse preço, garantindo um lucro e ainda ficando com o prêmio recebido.
Alerta: Se você não quer correr o risco de ser exercido, fique de olho no Delta, que mede a probabilidade da opção ser exercida. Calls com Delta alto têm mais chance de serem acionadas.
3. Call e Put juntos – proteção inteligente e barata
Agora, vamos supor que o Pedro comprou ações do Itaú a R$ 30,00 e quer se proteger, mas sem gastar muito. Ele pode montar um hedge usando call e put juntos.
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Como funciona?
- Compra um put com strike de R$ 28,00, pagando R$ 1,00 por ação.
- Vende um call com strike de R$ 34,00, recebendo R$ 1,00 por ação.
No fim das contas, o prêmio do call cobre o custo do put, ou seja, a proteção sai praticamente de graça.
Dica: Se quiser ajustar essa estratégia ao longo do tempo, fique atento ao Teta, que mede a perda de valor da opção com o tempo. Opções perdem valor mais rápido conforme o vencimento se aproxima.
Conclusão: quem usa hedge com opções dorme melhor
Vamos ser sinceros: ninguém gosta de ver o dinheiro evaporando. Mas o que diferencia um investidor iniciante de um experiente é a forma como ele lida com o risco.
- Put: Garante um preço mínimo de venda, evitando prejuízo grande.
- Call: Gera renda extra enquanto você espera o mercado se movimentar.
- Call + Put: Proteção mais barata e eficiente.
Se tem uma coisa que aprendi no mercado financeiro, é que torcer para que nada dê errado nunca é uma estratégia. Quem se protege, dorme tranquilo.
Agora me diz: Você já usa hedge com opções ou ainda confia na sorte?
Quer entender melhor como Delta, Vega e Teta afetam suas operações com opções? Confira nosso artigo completo sobre as gregas das opções e aprenda a otimizar suas estratégias!