O mês de fevereiro não foi muito bom para os fundos imobiliários. Depois de cair 1,6% em janeiro, sendo assim o Ifix encerrou o último mês em queda de 0,45%. Vivemos um cenário não muito bom para renda variável, então será que vale mesmo a pena investir em fundos imobiliários?
A perspectiva é que os juros continuem em patamares mais altos e que siga impactando a cotação dos FIIs. Com o cenário bem turbulento, o Itaú BBA realizou alterações em sua carteira recomendada de fundos imobiliários para o mês de março, aproveitando assim para adicionar os novos papéis e diluir as posições em outros.
Os melhores fundos imobiliários para investir
A seleção foi feita pelo Itaú BBA e para março, a carteira recomendada do banco conta com 12 ativos. Quatro deles são do setor de ativos financeiros e três, de galpões logísticos, Já outros cinco são do setor de renda urbana, misto, lajes corporativas, híbrido e shoppings.
Além disso, os analistas do Itaú BBA informaram que seguem na perspectiva otimista para o mercado imobiliário, pensando no médio e longo prazo. Mas no curto prazo, as incertezas em relação ao cenário político e também os temores dos riscos fiscais podem causar volatilidade.
- CSHG Renda Urbana (HGRU11)
Setor: Renda urbana
Dividend yield: 8,9%
- Vinci Logística (VILG11)
Setor: Galpões logísticos
Dividend yield: 7,3%
- Bresco Logística (BRCO11)
Setor: Galpões logísticos
Dividend yield: 8,0%
- VBI Logístico (LVBI11)
Setor: Galpões logísticos
Dividend yield: 9,2%
- Kinea Renda Imobiliária (KNRI11)
Setor: Misto
Dividend yield: 8,3%
- VBI Prime Properties
Setor: Lajes corporativas
Dividend yield: 8,5%
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- RBR Properties (RBRP11)
Setor: Híbrido
Dividend yield: 7,2%
- HSI Malls (HSML11)
Setor: Shoppings
Dividend yield: 11,3%
- CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11)
Setor: Ativos financeiros
Dividend yield: 14,2%
Leia também:
- Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11)
Setor: Ativos financeiros
Dividend yield: 12,1%
- Kinea Índice de Preços IQ (KNIP11)*
Setor: Ativos financeiros
Dividend yield: 12,0%
*Este fundo é destinado apenas a investidores qualificados.
- Kinea High Yield IQ (KNHY11)*
Setor: Ativos Finaneiros
Dividend yield: 13,3%
*Este fundo é destinado apenas a investidores qualificados.
O que são fundos imobiliários?
Afinal de contas, o que são fundos imobiliários? São uma modalidade de investimento em conjunto e negociados por meio de cotas. Os investidores se reúnem com o objetivo de aplicar o seu dinheiro em vários tipos de ativos relacionados a esse setor.
O investimento que pode fazer parte do portfólio do fundo pode ser tanto imóveis físicos quanto títulos de renda fixa ligados ao mercado, como certificados de recebíveis imobiliários (CRI) ou letras de crédito imobiliário (LCI). Os investimentos são administrados por um gestor profissional.
O gestor é o responsável por realizar os aportes, seguindo assim a estratégia previamente estabelecida. Enquanto os investidores não precisam despender tempo com essas atividades. Basta avaliar o FII e comprar as cotas, enquanto o portfólio fica a cargo do gestor.
Já para fazer seus aportes nos fundos imobiliários é preciso adquirir cotas do que for do seu interesse. Como elas são negociadas na bolsa de valores, você pode adquiri-las pelo home broker do seu banco de investimentos.
A partir daí, poderá se beneficiar de eventuais resultados positivos do fundo. Eles podem acontecer pela valorização das cotas ou pela distribuição de lucros em forma de dividendos. Assim, é possível receber uma renda passiva proporcional à sua participação em cotas do fundo.
Tipos de fundos imobiliários
1. Fundos de tijolo – um dos mais famosos, é conhecido também como fundos de renda. Compostos por ativos imobiliários físicos. O investidor que aplicar em fundos de tijolo terá seu rendimento por meio dos aluguéis desses imóveis. Por exemplo:
- Shoppings;
- Lajes Corporativas;
- Galpões Logísticos;
- Hotéis;
- Imóveis educacionais;
- Hospitais;
- Agências bancárias;
- Imóveis residenciais.
2. Fundos de papel – são chamados também de fundos de recebíveis, compostos, em geral, de CRIs, LCIs, LHs, CEPACs, FIDCs e cotas de outros FIIs que são atrelados a letras e certificados do meio imobiliário. Esse tipo de fundo possui contratos do setor, que são pagos pela participação dos investidores por meio da compra de cotas. O lucro mensal do fundo é distribuído através de proventos. São considerados seguros pois os certificados que os compõem se atrelam à renda fixa.
3. Fundos de fundos (FOFs) – são fundos que adquirem cotas de outros fundos. Sendo assim, funcionam como uma mistura de estratégias com diversos fundos em um só. Essa alternativa pode diminuir riscos e conseguir equilibrar ganhos, já que mistura produtos e táticas. Ao comprar cotas de FOFs, o investidor aciona vários outros fundos, porém a parte desanimadora é a taxação dupla: a taxa de administração do FOF e dos fundos que o compõem.
4. Fundos de desenvolvimento – focado em viabilização da construção de imóveis, o investidor aplica o seu dinheiro em projetos imobiliários que estão em desenvolvimento. Depois, o lucro vem da venda ou do aluguel desses imóveis com a construção finalizada. Por isso, é o que apresenta mais risco. Dependendo de inúmeros fatores como: andamento da obra, prazos e vendas.
5. Fundos híbridos – são investimentos que mesclam características de outros. Os componentes são os de tijolo e os de papel, ou seja, tendo tanto de imóveis físicos quanto de contratos do setor imobiliário. Os administradores combinam os produtos e ainda com mais possibilidades. Claro que nesse caso, a proporção da carteira do fundo acompanha o momento do mercado. Com a Selic alta, os FIIs de papel compõem a maior parte, e na valorização de imóveis, os de tijolo viram a maioria, por exemplo.
Então, como investir em FIIs?
Interessado em investir em fundos imobiliários? Agora você entende o que são FIIs e quais são os principais tipos disponíveis no mercado. Agora, é hora de aprender a fazer seus aportes — caso os fundos imobiliários façam sentido para suas estratégias.
Veja 4 passos simples e práticos a seguir aqui.
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