A visita de Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente da Argentina, Alberto Fernández, deu o que falar. Os dois países discutem a criação de uma moeda comum sul-americana focada em transações comerciais e financeiras.
A medida foi formalizada na última segunda-feira (23) pelo presidente Lula e a ação é parte de uma estratégia que visa o fortalecimento da integração regional com os países da América do Sul. A possibilidade gerou muitas dúvidas e para esclarecer alguns pontos, reunimos aqui as mais comuns.
1. Como funcionaria a moeda comum?
Os dois presidentes assinaram um artigo publicado no último domingo (22), no jornal argentino Perfil, declarando que irão avançar nos estudos para a criação de uma moeda sul-americana que seja comum para transações comerciais e financeiras. Uma das ideias é pensando em reduzir “custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa”, escreveram.
2. O real brasileiro irá acabar?
De bate e pronto, a resposta é não. Nos moldes do que tem sido discutido, a possível moeda comum não acabaria com o real nem com o peso argentino. Isso significa que é muito diferente do euro, que é a moeda vigente em vários países da União Europeia.
A moeda comum seria formatada para ser usada em transações comerciais e financeiras entre os países, criando uma liberdade em relação ao dólar. Em resumo, as moedas nacionais seguiriam as mesmas, Brasil com o real e a Argentina com o peso.
3. Qual o objetivo de tudo isso?
Mesmo com sua economia em estado crítico, a Argentina é um importante parceiro comercial para o nosso país. Porém, as trocas comerciais entre os países regrediram e para o governo Lula, essa perda de participação do Brasil foi ocupada pela China.
“[A importação da Argentina] está muito ruim e o problema é exatamente a divisa, né? Isso que a gente tá quebrando a cabeça para encontrar uma solução”, opinou o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Buenos Aires.
Então, além de se proteger do dólar, um dos objetivos também seria aumentar asas exportações brasileiras para a Argentina.
4. A moeda comum é uma ideia nova?
Já tem um tempo que a criação de uma moeda comum ou até de uma moeda única (são conceitos diferentes) circula em discussão. Por exemplo, o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a criação de uma moeda única para toda a América Latina.
Outro exemplo é que no ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e seu secretário-executivo, Gabriel Galípolo, escreveram um artigo com a sugestão do uso de uma moeda comum no comércio sul-americano, algo que ajudaria a fortalecer os países.
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5. A implantação é imediata?
Não. A implantação da moeda comum sul-americana não seria algo de imediato, e sim para daqui a alguns anos. A moeda comum ainda será discutida por um grupo de trabalho e aperfeiçoada. O projeto pretende começar com Brasil e Argentina e, depois, estender para os países da região.
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