Depois de dois anos de pandemia e uma onda inflacionária altíssima por todo o mundo, o aumento desenfreado de preços que persiste até hoje teve mais um contribuinte: a guerra na Ucrânia. O estopim fez com que se agravasse a situação e afetasse as commodities.
Por exemplo, a alta de preços nos Estados Unidos chegou a 9,1% nos últimos 12 meses, se consagrando o maior patamar em quatro décadas. O mesmo aconteceu com a zona do euro, em que a inflação atingiu o nível mais alto da história, de 8,6%.
Já no Brasil, o cenário acompanhou a tendência. São mais de 10 meses de inflação alta e taxas que tentam conter o avanço. Agora, o Copom pretende manter a Selic a 13,75% para estabilizar o cenário.
Somando o que já estava ruim com o que pode ficar pior, a Rússia é um importante país produtor e exportador de gás natural e petróleo, enquanto a Ucrânia tem uma boa representação no comércio global de grãos. Sendo assim, os preços dos combustíveis, do gás e da comida subiram em toda parte do mundo.
Sim, como se não fosse suficiente a crise da Covid-19, as matérias-primas – como petróleo e derivados de energia- deixaram de ser consumidas e também produzidas. Com a reabertura gradual e a retomada da atividade, os preços das commodities subiram.
Mas afinal, o que são commodities?
O termo commodities se refere aos produtos usados como matéria-prima. Geralmente, esses itens podem ser estocados, se for o caso, sem comprometer a sua qualidade. Além disso, as commodities geram grande impacto mundial, por isso afetam diretamente a economia.
Entre as principais commodities disponíveis estão:
- boi gordo;
- soja;
- trigo;
- ouro;
- minério de ferro;
- café;
- milho;
- dólar.
Existe um vilão?
Nessa situação, não tem como negar que a guerra na Ucrânia intensificou o cenário que já não era muito animador. Mas calma, o grande vilão não foi a invasão da Rússia no país ucraniano que motivou a alta de preços das commodities. A verdade é que os preços subiram há mais de um ano, por conta de uma maior demanda global após a pandemia.
As restrições de produção e a escassez de mão de obra pela quebra das cadeias de suprimentos, aumentando assim os custos de transporte e distribuição. Outra questão foi os problemas de oferta envolvendo questões climáticas que afetaram o preço das commodities agrícolas.
O conflito na Europa não ficou de fora. Parte da produção global de grãos foi comprometida e as sanções dos países afetaram a distribuição do petróleo e do gás da região. Assim, no fim, o mundo foi impactado pela disparada da inflação.
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E quem paga a conta?
Sim, a gente.
Só em 2022, os preços das commodities alcançaram níveis históricos. Por exemplo, o barril de petróleo do tipo Brent chegou a tocar os US$ 140 em março, e o do trigo bateu recorde de US$ 12,940 por bushel no mesmo mês.
Além disso, o gás liquefeito de petróleo (GLP) saltou para R$ 113,66 o botijão em abril. No acumulado desde o início da pandemia, essas matérias-primas tiveram variação de 167,34%, 59,93% e 60,01%, respectivamente.
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Numa tentativa de diminuir os impactos no bolso das pessoas, os governos agiram com leis de estímulos fiscais para reduzir os impostos dos combustíveis. Ao mesmo tempo que os bancos centrais de todo o mundo estão em uma corrida para tentar segurar a alta de preços e evitar uma recessão global.
Além de tudo isso, o nacionalismo econômico piorou o cenário. A Argentina diminuiu a exportação de carne, a China diminuiu a exportação de derivados de petróleo e ainda, alguns países da Europa limitaram a exportação de grãos.
O que podemos esperar?
Com o risco de recessão nos Estados Unidos pelo aumento dos juros pode acabar sendo uma doença ou remédio para outras economias. Isso porque com o enfraquecimento da atividade e menor produção e consumo, os preços das commodities tendem a cair – ainda mais.
O investidor já pode sentir isso na desaceleração dos preços de algumas commodities, como do petróleo, etanol, trigo, soja e milho. Alguns analistas acreditam que um movimento de alta não deve ser visto no médio prazo. Por mais que seja difícil um rali nas commodities nos próximos meses. Caso os preços das matérias-primas continuem onde estão atualmente, sem muita variação, é possível encontrar sustentação nas empresas do setor que são listadas na B3.
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