No dia 07 de maio foi apresentado o resultado Banco do Brasil (BBAS3) 1T21 e a equipe de Equity Research do BTG Pactual já realizou a análise dos dados divulgados. Confira os pontos principais.
Banco do Brasil surpreende o mercado no 1T21
De acordo com o relatório do BTG Pactual, o desempenho do Banco do Brasil (BBAS3) foi decente. Os números vieram melhor do que o esperado, uma vez que as expectativas para o nome eram baixas.
O destaque do período foi a margem financeira de crédito e o controle de custos.
No dia em que o relatório foi publicado, as ações BBAS3 estavam sendo negociadas a R$ 29,20. A capitalização de mercado era de R$ 83,34 bilhões. O volume médio dos últimos 12 meses era de R$ 612,27 milhões.
Digitalização é um risco
Os analistas do BTG Pactual apontam como um risco para o banco a crescente digitalização e um mercado de fintechs mais competitivo. A alta rotatividade de executivos, vista recentemente, torna difícil prever e visualizar quais serão as estratégias do banco nesse sentido.
Conforme as informações divulgadas pelo BB, o 1T21 teve 20,8 milhões de clientes ativos nas plataformas digitais. De todas as transações realizadas pelos clientes, 90,3% foram realizadas através de internet e mobile. Esses dados evidenciam a crescente demanda por serviços digitais.
Margem Financeira de Crédito supera os pares privados
Segundo os analistas do BTG, a margem financeira (NII) de crédito do Banco do Brasil é a melhor em relação ao Bradesco e Itaú. Esse desempenho foi possível devido aos maiores volumes e menores custos de financiamento.
De acordo com o relatório do BTG, o crédito cresceu +2% em relação ao 4T20 e +5% em relação ao 1T20. Os números foram alavancados pelo crédito consignado e crédito pessoal, respectivamente com altas de +3% e +13% na base de comparação trimestral.
Assim, conforme o relatório do BTG, a NII de crédito cresceu +1% em relação ao trimestre passado. Alta superior às registradas pelos seus dois pares privados.
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Índice de inadimplência é baixo
De acordo com o relatório do BTG, o índice de inadimplência acima de 90 dias cresceu +5 bps, chegando ao patamar de 1,95%. A ligeira alta foi influenciada pela carteira de pessoas físicas, dado que o BB concedeu aos clientes prazos de carência maiores do que seus pares privados.
Já o índice de inadimplência de mais de 90 dias, segundo o relatório do BTG, é muito baixo, 0,86%. Além disso, 94% das operações tem rating AA e C e 93% dos clientes não tiveram histórico de inadimplência nos últimos 12 meses.
Controle de custos é o destaque positivo do trimestre
Segundo os analistas do BTG, o controle de custos é um destaque positivo do trimestre, dado a dificuldade de fazer isso em um banco público. A redução dos custos foi influenciada por menores despesas administrativas e pelo Programa Extraordinário de Desligamento (PDE).
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De acordo com o relatório do BTG, as despesas administrativas apresentaram queda de -10% em relação ao 4T20 e -4% na base de comparação anual. Já o PDE, que inclui mais de 5 mil demissões, foi 90% concluído no 1T21.
LAIR surpreende analistas
Conforme informa o BTG Pactual, o LAIR do Banco do Brasil ficou em R$ 6,48 bilhões. O número revela alta de +60,3% em relação ao 4T20 e alta de +32,2% em relação ao mesmo período de 2020.
Segundo os analistas do BTG, o resultado está +11,9% acima de suas expectativas.
Lucro Líquido com alta superior a +40%
Conforme o relatório do BTG Pactual, o lucro líquido do Banco do Brasil no primeiro trimestre foi de R$ 4,9 bilhões. Esse resultado representa alta de +33% na base de comparação trimestral e alta de +44,7% em relação ao mesmo período de 2020.
Segundo os analistas do BTG, o lucro veio +22% acima das projeções devido a provisões para perdas com empréstimos, que parecem insustentavelmente baixas. As provisões tiveram uma forte queda de -50% em relação ao 1T20, abaixo de seus pares privados.
De acordo com o BTG, a justificativa do banco é de que as reservas acumuladas ao longo de 2020 são suficientes para cobrir o aumento do risco de crédito da carteira até o momento.
Resultado Banco do Brasil (BBAS3) 1T21: Recomendações
Recomendação do BTG Pactual
A equipe de análise do BTG Pactual considera que o Banco do Brasil (BBAS3) terá um desafio pela frente, dado a crescente digitalização e popularização das fintechs. Além disso, a alta rotatividade de executivos coloca dúvidas sobre o futuro do banco. No entanto, os números acima do projetado devem valorizar o preço das ações.
Assim, estabelece recomendação neutra, com preço-alvo em R$ 48,00.
Esta foi nossa apresentação da análise da equipe de Equity Research do BTG Pactual sobre o resultado Banco do Brasil (BBAS3) 1T21. Acompanhe os conteúdos da Renova Invest para ter acesso a todas as análises de resultados trimestrais.
Disclaimer: As informações apresentadas neste artigo são provenientes de relatórios elaborados por terceiros. Esse material tem caráter puramente informativo, e não configura recomendação ou sugestão de investimento.