Ações brasileiras após eleições EUA: descubra quais ganham e perdem com Trump presidente

moeda do real e nota dólar representando as ações brasileiras após eleições EUA

Já podemos ter alguma ideia de como irão reagir as ações brasileiras após as eleições EUA? De maneira geral, sim. É comum que as eleições presidenciais nos Estados Unidos causem impactos globais, dada a influência econômica do país.

Sendo assim, quando Donald Trump foi reeleito, alguns mercados ao redor do mundo reagiram instantaneamente, refletindo as prováveis políticas protecionistas e postura firme em negociações internacionais do novo presidente republicano.

A seguir, vamos explorar como as eleições americanas influenciam a economia global, as mudanças esperadas com Trump na presidência e quais ações brasileiras podem ganhar ou perder com o novo cenário.

Como o resultado das eleições EUA afetam a economia mundial?

O fortalecimento do dólar, típico de momentos de incerteza e políticas monetárias mais restritivas, impacta as economias dependentes de importações e endividamento externo.

Vale lembrar que Donald Trump defende uma agenda protecionista, fato que deve reacender algumas tensões comerciais globais – sua histórica aversão à dependência de produtos chineses sinaliza uma possível escalada nas tarifas de importação, como por exemplo, a taxa de 25% de aço e alumínio que o presidente assinou em fevereiro de 2025.

Commodities latino-americanas, amplamente exportadas para EUA e China, podem ser afetadas pela redução da demanda e pela maior competitividade no mercado global.

Eleições EUA: entenda o que muda com Trump presidente

Trump é conhecido por priorizar a produção interna e adotar uma postura de “Torne a América Grande Novamente”, ou “Make America Great Again”.

Esse foco resulta em políticas que geralmente favorecem setores como defesa e infraestrutura americana, mas também aumentam tensões comerciais com países exportadores.

No Brasil, os reflexos diretos são sentidos em três áreas principais:

  • Câmbio: a valorização do dólar pressiona custos de importação, enquanto exportadores podem ganhar competitividade.
  • Commodities: a indústria de petróleo, gás e mineração, que depende de preços globais, pode ser beneficiada se as políticas de Trump incentivarem o consumo de recursos naturais.
  • Acordos comerciais: alterações em tratados podem impactar as relações entre Brasil e parceiros estratégicos.

Em outras palavras, nas eleições EUA 2024, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos deve provocar um ciclo de alta no dólar e o aumento nos rendimentos dos títulos do tesouro americano.

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Suas propostas para elevar tarifas comerciais e endurecer políticas de imigração são vistas como potencialmente inflacionárias, impulsionando a demanda por ativos em dólar.

Portanto, esse cenário representa um desafio significativo para países da América Latina, que podem enfrentar pressão cambial e desvalorização de suas moedas.

Para economias com dívidas externas elevadas ou dependência de importações, essa valorização do dólar pode desencadear uma inflação, exigindo medidas como a manutenção ou elevação das taxas de juros para conter os preços e estabilizar o câmbio.

Ações brasileiras que ganham após as eleições EUA

Mas afinal, quais ações brasileiras se beneficiam após as eleições EUA? Desde já, é importante destacar que nem todas devem enfrentar impactos negativos com o retorno de Donald Trump à presidência.

Empresas com operações nos Estados Unidos ou receita atrelada ao dólar podem encontrar oportunidades em meio às mudanças econômicas globais. Entre os destaques estão setores como agronegócio, mineração e siderurgia.

1. Exportadoras com receita dolarizada

Empresas do setor de exportadoras possuem receita dolarizada e forte presença nos Estados Unidos e por isso podem se beneficiar das tarifas comerciais impostas aos produtos chineses, que aumentariam a competitividade de suas operações no mercado americano.

Além disso, o fortalecimento do dólar contribui para ampliar suas margens de exportação.

2. Frigoríficos

Empresas ligadas ao setor de frigoríficos tendem a se favorecer com o aumento do dólar, uma vez que grande parte de sua receita é obtida no exterior.

Além disso, a possibilidade de novas barreiras comerciais entre EUA e China pode redirecionar a demanda chinesa para exportadores brasileiros de proteínas.

3. Agronegócio

O setor agrícola também apresenta potencial de crescimento, especialmente se a guerra comercial entre Estados Unidos e China for confirmada e intensificada.


Companhias deste segmento podem ganhar com um aumento na demanda chinesa por grãos brasileiros, enquanto empresas que operam na logística do setor podem ver sua atividade crescer para atender à maior exportação.

4. Mineração e petroquímica

A valorização de ativos de proteção, como o ouro, é outro reflexo comum em cenários de incerteza.

Nesse contexto, empresas especializadas na mineração do metal podem atrair mais investidores.

Já empresas com uma parcela significativa de suas receitas em dólar, ganham automaticamente com a apreciação da moeda americana.

Esses setores mostram que, embora o cenário traga desafios à primeira vista, também cria oportunidades para empresas com exposição ao mercado externo ou posicionadas em segmentos estratégicos.

Para investidores, entender essas dinâmicas é fundamental para identificar os potenciais vencedores da bolsa brasileira. Fale com nossos especialistas e planeje sua estratégia de investimento.

Ações brasileiras que perdem após as eleições EUA

Como já entendemos até aqui, a volta de Trump à Casa Branca após as eleições EUA pode criar um ambiente desafiador para diversos setores da bolsa brasileira.

Mas quais ações brasileiras podem se prejudicar com as eleições nos EUA? A valorização do dólar, combinada com tarifas protecionistas e o impacto nas commodities, deve atingir tanto empresas dependentes do mercado interno quanto grandes exportadoras.

Entenda melhor esse contexto agora:

1. Companhias aéreas e setores sensíveis ao câmbio

O fortalecimento do dólar tende a elevar significativamente os custos operacionais das companhias aéreas que possuem grande parte de suas despesas atreladas à moeda americana.

Essa pressão cambial também encarece produtos importados, afetando o consumo doméstico e agravando a inflação.

2. Varejo e construção civil

Negócios voltados para o mercado interno devem enfrentar desafios decorrentes da alta dos juros, necessária para conter a inflação.

O setor de construção civil também deve ser impactado pelo aumento do custo de financiamento, que reduz a demanda por crédito imobiliário.

3. Exportadoras de commodities

As tarifas de importação propostas por Trump podem atingir diretamente exportadoras de commodities e outras mineradoras e siderúrgicas.

Além disso, o aumento da oferta de petróleo nos Estados Unidos, impulsionado pelas políticas de estímulo à produção local, pode pressionar os preços globais da commodity.

4. Efeitos indiretos nas commodities e na China

A economia chinesa, principal alvo da política comercial de Trump e maior consumidora de minério de ferro do mundo, também está em risco.

Se as restrições comerciais afetarem o crescimento chinês, a demanda por minério e outras commodities brasileiras pode cair, pressionando ainda mais as cotações no mercado global.

Esses fatores criam um cenário desafiador para empresas brasileiras em setores que dependem de commodities, crédito ou estabilidade cambial, reforçando a necessidade de uma análise cautelosa para navegar pelos impactos das eleições americanas.

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