Esta semana foi marcada pela divulgação do payroll nos EUA, o relatório de emprego mais importante dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, destaque para a MP sobre tributação para multinacionais, o cenário das contas públicas e as expectativas pelas eleições municipais.
ACESSO RÁPIDO:
Mercados na semana
- Ibovespa: -1 % | 131.921 pontos
- S&P 500: +0,2% | 5751 pontos
- Nasdaq: +0,08% | 18.134 pontos
- Dólar: +0,47% | R$ 5,45
- Bitcoin: -4,9% | R$ 62.421
No Brasil
Governo publica MP que prevê tributação mínima de 15% sobre lucro de multinacionais: o governo brasileiro publicou uma medida provisória que estabelece um adicional de 15% na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para multinacionais, em conformidade com as regras globais de tributação mínima da OCDE e do G20.
A medida se aplica a empresas com receitas anuais acima de 750 milhões de euros, visando evitar a transferência de lucros para países com menor tributação. A Receita Federal será responsável pela regulamentação e atualização periódica das regras.
Brasil segue com déficit primário: o cenário de contas públicas do Brasil segue no radar do mercado. Em agosto, o governo registrou um déficit primário de R$ 22,4 bilhões de acordo com dados do Tesouro Nacional e o novo arcabouço fiscal prevê a meta de zerar o déficit primário para este ano.
Fitch descarta elevar classificação de crédito do Brasil no curto prazo: com as incertezas sobre a capacidade de melhoria das contas públicas, a agência Fitch não deve elevar a classificação de risco de crédito do Brasil em um cenário de curto prazo.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, o foco da semana foi no payroll, o relatório de emprego mais importante do país, que foi divulgado nesta sexta-feira (4) e mostrou que os EUA geraram 254 mil vagas no mês de setembro. O resultado superou as expectativas do mercado, que esperava a criação de 147 mil vagas.
Juros nos EUA e o mercado de trabalho
Essa alta no mercado de trabalho divulgado pelo payroll pode atrapalhar os planos do Federal Reserve – Fed de afrouxar a política monetária do país, pois um mercado de trabalho mais aquecido pode impedir o banco central de acelerar o ritmo de cortes.
Com isso, aumentam as expectativas sobre um novo corte nos juros de 0,25 ponto percentual (p.p.) na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em novembro. De acordo com dados do CME Group, as chances desse novo corte saltaram de 69,5% a 90,1% após divulgação do payroll nos EUA.
Outros destaques internacionais:
Com China fechada, bolsas da Ásia fecham em alta nos principais pregões desta sexta-feira (4):
Apenas a China segue no feriado do Golden Week, com mercados fechados deste terça-feira (1). A sessão no Japão indicou mercado em alta após o novo primeiro-ministro Shigeru Ishiba instruir seu gabinete a elaborar um abrangente pacote econômico.
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Em Seul, a bolsa retornou de um feriado também em alta, interrompendo uma sequência de pregões negativos. Hong Kong liderou o movimento asiático nesta sexta-feira (4), com alta de quase 3%, revertendo a perda do pregão anterior.
Os investidores ainda se beneficiam do otimismo com as medidas de estímulo adotadas pela China na semana passada. Taipé foi a única praça a registrar leve queda após retornar de um feriado.
Veja como ficaram os índices:
- Tóquio — Nikkei: +0,22%
- Hong Kong — Hang Seng: +2,82%
- Coreia — Kospi: +0,31%
- Taiwan — Taiex: -0,39%
- China — Xangai: Feriado
- China — Shenzhen: Feriado
Bolsas europeias estão mistas com ações de energia brilhando:
As bolsas europeias estão mistas, com destaque para ações regionais de energia depois que o petróleo subiu devido a preocupações com um conflito mais profundo no Oriente Médio.
O setor de energia caminha para seu melhor desempenho semanal em quase seis meses (cerca de +4,5%). O automobilístico, por outro lado, teve o pior desempenho (quase -7%), com a Stellantis perdendo 17%.
Os investidores estarão atentos aos discursos de autoridades do BCE ao longo do dia. O BCE se reúne em 17/10 para decidir sobre juros e os operadores precificam totalmente um corte nas taxas.
- Londres — FTSE100: -0,42%
- Frankfurt — DAX: +0,38%
- ️Paris — CAC 40: +0,56%
- Madrid — Ibex 35: +0,32%
- Europa — Stoxx 600: +0,17%
Inflação da zona do euro caminha para meta de 2% até o final de 2025: o vice-presidente do Banco Central Europeu – BCE, Luis de Guindos, afirmou que “a inflação geral e o núcleo da inflação na zona do euro estão se aproximando da meta de 2% do BCE e os preços devem ficar estáveis até o final de 2025”.
Petróleo sobe diante de escalada de conflito no Oriente Médio: nos últimos dias, os preços do petróleo registraram alta após fala do presidente americano Joe Biden confirmando que Israel considera atacar instalações de petróleo do Irã em resposta ao lançamento de mísseis. Isso pode gerar interrupções no fornecimento de petróleo.
E como ficam os seus investimentos com a semana?
Com este cenário de expectativas superadas com o payroll nos EUA e as incertezas em relação ao Brasil com as contas públicas e as eleições municipais, o mercado de investimentos sofre os impactos e algumas oportunidades aparecem
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