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O Futuro do Dinheiro: O Real Digital no Brasil

O Banco Central do Brasil está avançando rumo ao futuro do dinheiro com o lançamento do Real Digital, uma moeda digital que promete revolucionar o sistema financeiro do país. Recentemente, dois dos maiores bancos brasileiros, Itaú Unibanco e BTG Pactual, realizaram a primeira transferência interbancária utilizando tokens do protótipo do Drex, a versão digital do real. Essa ação marca um importante marco nos testes do Real Digital e destaca a liderança dessas instituições no processo de implementação.

A Jornada para o Real Digital

O desenvolvimento do Real Digital tem sido um processo complexo e desafiador. O Banco Central selecionou 16 consórcios de instituições financeiras para participar dos testes do Drex. Entre esses consórcios estão grandes bancos, como Itaú, BTG Pactual, Banco do Brasil, Caixa, Santander e Bradesco, além de um consórcio de cooperativas formado por Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred.

Um dos principais desafios enfrentados pelos participantes é a integração na rede de protocolo permissionado da Hyperledger Besu, a blockchain escolhida para o Real Digital. A configuração dos nós e a garantia de que todos os participantes atendam aos requisitos técnicos têm sido um processo demorado, levando o Banco Central a adiar o prazo para novembro.

A Primeira Transferência do Real Digital

Apesar dos desafios, o Itaú Unibanco e o BTG Pactual conseguiram concluir a primeira transferência interbancária utilizando o Drex. A operação envolveu a transferência de valores tokenizados das reservas do BTG para o Itaú e, em seguida, da carteira do Itaú de volta para o BTG. O processo foi concluído em apenas cinco segundos, demonstrando a eficiência e a velocidade do Real Digital.

Guto Antunes, chefe da Itaú Digital Assets, ressaltou a importância dessa primeira troca na camada interbancária do Real Digital, afirmando que ela foi fundamental para tangibilizar as operações básicas da moeda digital. No entanto, apesar do sucesso dessa transferência, ainda há desafios a serem superados, como a escalabilidade da Hyperledger Besu para lidar com as operações em larga escala no Brasil e a garantia da privacidade necessária em conformidade com a lei de sigilo bancário brasileira.

O Futuro do Real Digital

O Banco Central decidiu adiar o prazo final para a configuração dos nós dos consórcios participantes do Drex e o início dos testes para a tokenização da moeda soberana brasileira. Essa decisão foi motivada não apenas pela necessidade de reestruturação da carreira dos servidores do BC, mas também por questões tecnológicas relacionadas à velocidade de banda para conexão à Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN).

Enquanto alguns consórcios estão enfrentando dificuldades para atender aos requisitos de velocidade de banda, outros já instalaram seus nós e estão emitindo tokens na Hyperledger. O processo de testes e avaliação dos resultados continuará até maio do próximo ano, a fim de garantir a eficácia e a segurança do Real Digital.

O Impacto do Real Digital no Sistema Financeiro Brasileiro

A introdução do Real Digital terá um impacto significativo no sistema financeiro brasileiro. Essa nova forma de dinheiro oferece benefícios como maior eficiência, agilidade nas transações e redução de custos. Além disso, o Real Digital tem o potencial de promover a inclusão financeira, facilitando o acesso a serviços financeiros para aqueles que atualmente estão fora do sistema bancário tradicional.

No entanto, é importante ressaltar que o processo de implementação do Real Digital requer uma abordagem cuidadosa e colaborativa entre as instituições financeiras, o Banco Central e outros órgãos reguladores. Questões como segurança, privacidade e conformidade com as leis e regulamentos devem ser cuidadosamente consideradas para garantir a confiança e a estabilidade do sistema.

Conclusão

O Real Digital representa uma nova era no sistema financeiro brasileiro, trazendo consigo inovação, eficiência e inclusão financeira. O sucesso da primeira transferência interbancária realizada pelo Itaú Unibanco e BTG Pactual demonstra o progresso alcançado até o momento, mas também destaca os desafios que ainda precisam ser superados. Com o adiamento dos prazos e a continuidade dos testes, espera-se que o Real Digital seja lançado com segurança e eficácia, promovendo um sistema financeiro mais moderno e acessível para todos os brasileiros.

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“O Real Digital representa uma nova era no sistema financeiro brasileiro, trazendo consigo inovação, eficiência e inclusão financeira.”

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