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Oligopólio: o que é, vantagens e desvantagens

Oligopólio:
Oligopólio:

O oligopólio é uma estrutura de mercado que pode trazer diversas desvantagens para a população. Isso porque, nesse cenário, há poucas empresas disputando espaço entre os consumidores. Logo, pode haver aumento no preço dos produtos e serviços — o que não é benéfico para os clientes.

Por outro lado, essa estrutura pode ser vantajosa para quem participa dela. Afinal, com a concorrência reduzida, os negócios tendem a ser bastante lucrativos. Assim, quem investe em companhias fortes em seu setor de atuação também pode se beneficiar com a situação.

Quer saber mais sobre o assunto? Confira o conceito de oligopólio e as vantagens e desvantagens desse sistema sob diversos ângulos!

O que é oligopólio?

Inicialmente, é necessário conhecer as diferentes formas como os produtores e consumidores podem se organizar na economia. Desse modo, você pode compreender mais facilmente o que é o oligopólio.

Veja os principais tipos de estrutura de mercado:

Monopólio

O monopólio ocorre quando somente uma empresa ou o Governo domina o mercado de um determinado produto ou serviço. Por ser o único fornecedor, é ele quem determina os preços praticados no mercado. No Brasil, é o caso dos serviços de energia elétrica.

Oligopólio

Já o oligopólio se dá quando um pequeno grupo de companhias detém uma parcela significativa de determinada oferta de produto ou serviço. Nesse modelo, é ainda possível observar as empresas concorrentes se unindo para controlar o mercado de atuação — como se fosse um cartel.

Competição perfeita

Também há a competição perfeita. Ela descreve o mercado em que nenhuma organização ou Governo controla a comercialização de certo produto ou serviço. Portanto, há uma grande quantidade de empresas atuando em um setor, favorecendo o equilíbrio dos preços.

Quando o oligopólio ocorre e quais são as suas características?

Para entender o que é oligopólio, ainda é preciso saber como ele funciona e quais são as principais características dessa estrutura de mercado. A formação desse modelo pode ocorrer em qualquer área.

No entanto, ele costuma ser mais comum em setores em que há diversas barreiras de entrada. Ou seja, quando existem fatores que apresentam potenciais obstáculos para que uma empresa comece a atuar em um determinado segmento.

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Entre as principais barreiras de entradas está a autorização para funcionamento. Esse é o caso das atividades que precisam de alvará. Além disso, os custos iniciais elevados são obstáculos que impedem que outras companhias tentem competir no mesmo mercado que as atuais.

Afinal, para conseguir concorrer com grandes players, é necessário produzir em grande escala, certo? No entanto, por ter recursos limitados, os pequenos produtores não seriam capazes de atender uma demanda elevada. Nesse cenário, somente as empresas maiores tendem a prosperar.

Por conta disso, as empresas oligopolísticas costumam construir obstáculos para impedir que outras companhias tentem competir no mesmo mercado. Por exemplo, elas podem realizar acordos para baixar os preços dos seus produtos ou serviços.

A medida é possível porque essas organizações conseguem diluir os custos de produção por fabricar em larga escala. Dessa forma, os concorrentes que desejam entrar no seu mercado teriam que crescer bastante para reduzir seus custos e conseguir competir com elas.

Em resumo, o oligopólio é definido por:

  • preços mais elevados dos produtos ou serviços;
  • determinação de preços pelas companhias dominantes;
  • número restrito de empresas com grande parcela do mercado;
  • dificuldade de entrada de novos concorrentes em um setor específico.

Por que o Brasil é um país de oligopólios?

Depois de conhecer o conceito de oligopólio, provavelmente você já deve ter percebido que o Brasil é dominado por essa estrutura de mercado, não é? Isso acontece porque o Estado estimula a oligopolização da economia brasileira desde a década de 60.

Nessa época, o Governo concluiu que a inflação vigente estava associada aos altos custos de produção. Como a taxa de juros bancários tem um papel importante nesse tipo de inflação, era necessário reduzir esse percentual para combatê-la.

Para tanto, a solução encontrada foi a diminuição dos custos operacionais das atividades bancárias por meio da concentração das empresas desse setor. Assim, seria possível maximizar a utilização dos recursos envolvidos no processo e, consequentemente, reduzir os gastos operacionais.

Essa prática, por sua vez, resultaria em juros bancários menores para os tomadores de empréstimos e financiamentos. O acesso facilitado ao crédito também aumentaria a oferta de novos produtos e serviços com preços mais acessíveis no mercado.

Dessa forma, as pessoas voltariam a consumir, fazendo a economia crescer novamente e a inflação cair. Portanto, nesse caso, é possível perceber que o incentivo à oligopolização pode trazer benefícios para a população — mas não é sempre isso que acontece.


Quais são os oligopólios no Brasil?

Agora que você sabe por que o Brasil é um país de oligopólios, é interessante conhecer as empresas que compõem essa estrutura de mercado. Alguns exemplos de oligopólios no país são:

  • voos comerciais: TAM, Gol e Azul;
  • refrigerantes: Coca-cola e Pepsi;
  • chocolates: Nestlé, Kraft Foods e Garoto;
  • bebidas: Ambev, Brasil Kirin e Grupo Petrópolis;
  • comunicação: Globo, SBT, Bandeirantes e Record;
  • gases industriais: White Martins, Oximil e Air Liquide;
  • bancário: Banco do Brasil, Itaú, Santander, Bradesco e Caixa Econômica Federal.

Como o oligopólio pode influenciar a sua vida financeira?

Como você viu, o oligopólio dos sistemas bancários foi uma medida para conter a inflação na década de 60. No entanto, esse sistema nem sempre favorece o consumidor final. Como são poucas empresas disputando espaço no mercado, o preço dos produtos e serviços pode se elevar.

Por não haver muitas outras opções, a população precisa continuar comprando os produtos ou serviços daquelas empresas — mesmo por um preço mais caro. Assim, o seu poder de compra pode ser reduzido significativamente.

Mas, como você viu anteriormente, as empresas dominantes também podem reduzir seus preços para dificultar a entrada de novos concorrentes no seu ramo de atuação. Isso pode ser benéfico para o consumidor. Porém, são ações pontuais para atender a uma finalidade específica.

Qual o efeito do oligopólio sobre os investimentos?

Até aqui você entendeu o que é oligopólio e como essa estrutura pode influenciar as suas finanças pessoais. Mas como ele pode afetar também os investimentos? Para chegar a essa conclusão, é preciso considerar as alternativas relacionadas às empresas — como títulos privados e ações.

No caso dos títulos de renda fixa privada, pode haver o benefício de maior segurança ao investir. Já que as organizações em oligopólio estão mais estabelecidas no mercado, o risco de investir nelas pode ser mais baixo.

Em relação às ações, vale destacar que essas companhias não precisam investir massivamente no seu crescimento. Portanto, elas tendem a distribuir mais dividendos aos acionistas. Logo, essas empresas podem ser uma alternativa interessante para quem investe com foco nesse tipo de estratégia.

Com base nessas informações, você agora sabe o que é oligopólio e como ele pode afetar a sua vida financeira. Além disso, é possível ver quais são os seus efeitos sobre os investimentos. Então não deixe de estar atento a esse tipo de estrutura ao avaliar sua estratégia!

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