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O Modelo de Gordon: Entenda, Calcule e Aplique

modelo de gordon formula
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O mercado financeiro é repleto de técnicas e métodos que auxiliam os investidores na tomada de decisões e um dos mais comuns é o chamado “modelo de crescimento de gordon” Esse modelo, criado pelos economistas Myron J. Gordon e Eli Shapiro em 1956, é muito útil para precificar ações e outros ativos financeiros. Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é o Modelo de Crescimento de Gordon, como ele funciona, para que serve e como calcular seu valor. Vamos mergulhar nesse assunto e desvendar os segredos desse método de avaliação.

O que é o Modelo de Gordon?

O Modelo de Gordon é uma fórmula matemática desenvolvida com o objetivo de precificar ativos financeiros, como ações. Ele se baseia na projeção de crescimento contínuo dos dividendos pagos por uma empresa. A ideia central é que os dividendos cresçam a uma taxa constante e perpétua. Por isso, o modelo também é conhecido como crescimento perpétuo.

Esse modelo leva em consideração três variáveis principais: o valor corrente dos dividendos por ação, a taxa de crescimento dos dividendos por ação e a taxa de desconto determinada pelo investidor. Com base nessas informações, é possível calcular o valor justo de uma ação, levando em conta o fluxo de dividendos futuros.

Como funciona o Modelo de Gordon?

O Modelo de Gordon funciona através da fórmula: Preço = Dividendos por ação / (K – G), onde:

  • Dividendos por ação: representa o valor que a empresa irá pagar aos acionistas nos próximos 12 meses, com base em dados anteriores.
  • K: é a taxa de desconto que o investidor espera obter ao comprar a ação.
  • G: é a taxa de crescimento perpétuo dos dividendos.

Para calcular o valor justo de uma ação utilizando o Modelo de Gordon, é necessário definir essas três variáveis e aplicá-las na fórmula. Por exemplo, se uma empresa pagará R$0,60 por dividendo em ações nos próximos 12 meses, o investidor espera um retorno de 10% ao adquirir essa ação e o crescimento dos dividendos é de 2%, o cálculo seria:

Preço = 0,60 / (0,10 – 0,02) Preço = 0,60 / 0,08 Preço = 7,50

Nesse exemplo, o valor justo da ação seria de R$7,50. Se o preço de mercado da ação estiver abaixo desse valor, significa que ela está subvalorizada e pode ser uma boa oportunidade de compra. Porém, se o preço de mercado estiver acima desse valor, a ação está sobrevalorizada e pode ser interessante vendê-la.

Para que serve o Modelo de Gordon?

O Modelo de Gordon é uma ferramenta valiosa para os investidores, pois ajuda a precificar ações e outros ativos financeiros. Ele possibilita identificar se uma ação está subvalorizada ou sobrevalorizada com base nas projeções de crescimento dos dividendos.

Se uma ação estiver subvalorizada, ou seja, seu preço de mercado estiver abaixo do valor calculado pelo modelo, pode ser uma oportunidade de compra promissora. Por outro lado, se uma ação estiver sobrevalorizada, ou seja, seu preço de mercado estiver acima do valor calculado pelo modelo, pode ser interessante vendê-la e buscar outras oportunidades mais atrativas.

É importante ressaltar que não se deve utilizar o Modelo de Gordon isoladamente, mas sim como parte de um estudo mais amplo, que leve em consideração outras variáveis e fórmulas. Além disso, ele é mais adequado para empresas já consolidadas e com crescimento constante dos dividendos. Empresas em fase de crescimento acelerado podem não se encaixar bem nesse modelo.

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Limitações do Modelo de Gordon

Apesar de ser amplamente utilizado, o Modelo de Gordon possui algumas limitações que devem ser levadas em consideração. Uma das principais limitações é a suposição de crescimento constante e perpétuo dos dividendos. Na prática, é difícil encontrar empresas que consigam manter um crescimento constante ao longo do tempo.

Outra limitação é a falta de garantia dos dividendos futuros. O Modelo de Gordon assume que os dividendos irão crescer de forma constante, mas não há como garantir que isso acontecerá na realidade. A decisão de pagar dividendos parte da empresa e pode ser influenciada por diversos fatores externos.

Além disso, o Modelo de Gordon não é adequado para empresas com dificuldades financeiras ou em fase de crescimento acelerado. Ele funciona melhor para empresas estáveis e maduras, que possuem um histórico de crescimento constante dos dividendos.

Conclusão

O Modelo de Gordon é uma ferramenta valiosa para avaliar a precificação de ações e outros ativos financeiros. Ele permite estimar o valor justo de uma ação com base no crescimento contínuo dos dividendos. Ao utilizar esse modelo, os investidores podem identificar oportunidades de compra e venda no mercado.

No entanto, é importante lembrar que o Modelo de Gordon não deve ser utilizado isoladamente. Ele é apenas uma parte do processo de avaliação e deve ser complementado com outras variáveis e métodos de análise. Além disso, suas limitações devem ser consideradas, como a suposição de crescimento constante e a falta de garantia dos dividendos futuros.

Portanto, ao utilizar o Modelo de Gordon, é essencial ter uma visão ampla e considerar todas as informações disponíveis antes de tomar uma decisão de investimento. Com o conhecimento adequado e uma análise criteriosa, esse modelo pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar os investidores em suas estratégias no mercado financeiro.

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