Juros simples e compostos: suas principais diferenças

Juros simples e compostos
Juros simples e compostos

Ao aproveitar as oportunidades do mercado financeiro, é provável que você se depare com certos termos referentes às operações e os rendimentos obtidos. Entre eles, estão os conceitos de juros simples e juros compostos. Na prática, eles incidem de modo diferente e oferecem resultados distintos para a sua carteira.

Como investidor, conhecer o que os juros representam e como eles são calculados pode ajudá-lo a tomar decisões melhores para a sua estratégia. Além disso, essa é uma forma de melhorar sua consciência financeira quanto ao uso dos seus recursos no momento de fazer um aporte.

Quer saber mais sobre o tema? Descubra quais são as diferenças entre juros simples e compostos e veja como eles afetam o desempenho da sua carteira!

O que são juros simples e como funcionam?

Os juros simples são um tipo de taxa que incide sempre sobre o montante inicial. Então, independentemente do prazo de cobrança, os juros são cobrados sobre o mesmo valor. Como consequência, a parcela paga de juros também é igual a cada mês.

Dessa maneira, os juros simples são considerados lineares. Afinal, eles são calculados pela multiplicação da taxa de juros pelo montante inicial — você saberá mais sobre essa questão adiante.

O que são juros compostos e como funcionam?

Já os juros compostos são um tipo de cobrança que incide sobre o montante acumulado. Então, na primeira parcela, os juros compostos são calculados sobre o valor inicial. Porém, na segunda parcela, os juros são aplicados sobre o total acumulado, incluindo os juros do mês anterior.

Assim, a tendência é que a parcela referente aos juros seja cada vez maior. Isso porque ela incidirá por um montante mais elevado a cada mês, aumentando os impactos da taxa no cálculo.

Qual a diferença entre juros simples e compostos?

Como você viu até aqui, a principal diferença entre os juros simples e os juros compostos é a forma de incidência sobre o montante inicial. O primeiro representa um valor fixo, enquanto o segundo aumenta gradativamente devido à alteração na base de cálculo.

Como os juros compostos permitem o crescimento acelerado dos recursos, os juros compostos são conhecidos como “juros sobre juros”. Já os juros simples preveem um acúmulo menos intenso de valores.

Para compreender melhor essa questão, vale considerar um exemplo. Imagine um valor inicial de R$ 1.000 sobre o qual incide uma taxa de 10%. Nos juros simples, essas serão as 5 primeiras parcelas:

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Seta Tripla

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Parcela Valor dos juros Montante acumulado
1 R$ 100,00 R$ 1.100
2 R$ 100,00 R$ 1.200
3 R$ 100,00 R$ 1.300
4 R$ 100,00 R$ 1.400
5 R$ 100,00 R$ 1.500

Agora, pense no mesmo exemplo, mas com a incidência de juros compostos. Nesse cenário, as parcelas serão assim:

Parcela Valor dos juros Montante acumulado
1 R$ 100,00 R$ 1.100,00
2 R$ 110,00 R$ 1.210,00
3 R$ 121,00 R$ 1.331,00
4 R$ 133,10 R$ 1.464,10
5 R$ 146,41 R$ 1.610,51

Com esse exemplo, fica claro que os juros compostos aumentam o montante inicial com maior intensidade. Afinal, no mesmo período, a diferença do resultado obtido com juros compostos para o desempenho com juros simples foi de R$ 110,51.

Como consequência, o tempo tem uma grande influência no acúmulo de resultados dos juros compostos. Quanto maior for o período de incidência, maior será o total obtido ao final. Já nos juros simples, embora exista um aumento no montante, ele se mantém constante ao longo do tempo.

Como calcular juros simples e compostos?

Ao conhecer a diferença entre os tipos de juros, é fácil perceber que eles são calculados de formas diferentes. Por isso, vale a pena conferir as fórmulas de juros simples e compostos para entender melhor como os resultados são obtidos.

Em relação aos juros simples, a equação utilizada é a seguinte:

J = C + (C x i x t)

Entenda o que significa cada letra:

  • J: juros incidentes
  • C: montante inicial
  • i: taxa de juros decimal;
  • t: tempo (equivalente ao da taxa de juros).

Ao incluir todas as informações, você saberá qual será a parcela de juros. Depois, basta somá-la ao montante inicial para encontrar o valor atualizado.

Já no caso dos juros compostos, a fórmula é dada por:

J = C x [(1+i)^t]


Com a fórmula, é possível perceber porque o tempo tem tanta relevância. Afinal, quanto maior ele for, maior será o fator multiplicador em relação ao capital.

Por que é necessário entender sobre eles?

Até aqui, foi possível descobrir quais são as principais diferenças entre juros simples e compostos. Mas você sabe por que é tão relevante conhecê-los? Como investidor, existem dois pontos importantes para considerar.

O primeiro envolve o planejamento financeiro. Ao entender como os juros compostos incidem sobre uma dívida, por exemplo, você compreende como um pequeno débito pode se transformar em uma grande pendência no futuro.

Logo, você consegue trabalhar mais a educação financeira e pode desenvolver a consciência quanto à necessidade de evitar os juros compostos nas dívidas.

Ademais, é importante conhecer o impacto dos juros sobre os investimentos. Na renda fixa, por exemplo, há a incidência direta dos juros compostos. Desse modo, manter o seu dinheiro investido por mais tempo ou fazer aportes frequentes aumenta a capacidade de acumular recursos.

Vale saber que a renda variável também tem uma incidência indireta dos juros compostos. Embora não haja condições predefinidas de retorno, a rentabilidade de ações ou de fundos incide sobre o montante acumulado — e não sobre o investimento inicial. Com isso, você pode usar o longo prazo para acelerar o processo de acumulação de capital.

Agora você sabe o que são juros simples e compostos e como eles se diferenciam. Dessa forma, é possível compreender melhor a mecânica por trás dos investimentos e pode até usar os juros compostos a favor da construção e da expansão do seu patrimônio.

Ainda tem dúvidas sobre esses conceitos? Entre em contato conosco da Renova Invest e tenha o apoio dos nossos assessores de investimento!

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