Depois de muito vai e vem, realmente anos de espera pelos investidores, a Eletrobras (ELET3) foi privatizada em junho de 2022 e conseguiu se livrar, mesmo que só um pouco, dos mecanismos de ser uma estatal. Agora, o objetivo é buscar mais rentabilidade e crescimento nos próximos anos.
Só que nem tudo é fácil. No momento em que o Ibovespa apresentou uma leve alta de 2%, no acumulado de 2023, os papéis da Eletrobras caíram mais de 12%, por conta do receio novo governo em reverter o processo de desestatização.
Além disso, existem os aspectos da dinâmica do mercado, preço de energia em baixa que é negativo para uma geradora de energia, por exemplo. E isso mesmo que a saída do regime de cotas tenha melhorado as condições para a própria Eletrobras.
Qual a expectativa dos investidores?
A Eletrobras é tida como uma geradora e distribuidora de energia, a qual foi privatizada em junho de 2022, só que ainda não está agradando 100% os investidores. No quarto trimestre de 2022, a companhia reportou um prejuízo de 479 milhões de reais, revertendo o lucro de 610 milhões que foi realizado no mesmo período do ano anterior.
Esse ritmo é menor no processo de corte de custos e as altas provisões da empresa, assim como os preços mais baixos da energia que foram responsáveis por diminuir o ímpeto das ações.
A Eletrobras divulgou as provisões de 2,5 bilhões de reais para uma possível inadimplência da distribuidora Amazonas Energia, quase 1,2 bilhão para despesas com o plano de demissão voluntária e outros 900 milhões de reais destinados para obrigações da privatização.
“Pesam contra as ações as expectativas de preços de energia mais baixos, preocupações crescentes com o risco de interferência política do novo governo e menor ritmo de corte de custos. Apesar da avaliação atraente, acreditamos que a falta de catalisadores (melhor clareza sobre corte de custos, negociações compulsórias e/ou remoção de ruído político) é o que está segurando o estoque”, avaliam os analistas do banco BTG Pactual.
Visão do mercado
O mercado entra agora em compasso de espera pela migração da companhia ao novo mercado, que inclui o mais alto nível de governança corporativa. Isso pode também proteger mais os investidores, caso haja alguma ofensiva do governo em uma tentativa de estatização.
Neste momento, a Eletrobras detém 28% da capacidade de geração de energia do nosso país e opera metade de todas as linhas de transmissão do Brasil. É a maior empresa do setor da América Latina.
Na visão do mercado, a privatização por si só destravaria o valor da empresa e que as ações poderiam acompanhar o movimento positivo. Mas, desde que a oferta subsequente de ações foi realizada, em junho do ano passado, os papéis recuaram 17,5%.
EVENTO ONLINE E GRATUITO
O ponto positivo é que mesmo assim, a companhia segue na lista de mais recomendadas pelo mercado neste início de ano, patamar em que poucas vezes ocupou nos últimos anos.
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