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Dólar, Petrobras, Juros: o que aconteceu na semana

Várias notas de dólares lado a lado, simbolizando inflação.
Várias notas de dólares lado a lado, simbolizando inflação.

Se você está planejando uma viagem para o exterior, já deve ter notado que o dólar voltou a subir. A moeda americana alcançou novas máximas no ano, aproximando-se dos R$ 5,10 no início da semana.

Patamares como esses não eram vistos há quase seis meses, voltando a níveis de outubro do ano passado – embora a moeda tenha recuado após atingir esse pico.

A semana também chamou atenção pela primeira intervenção do Banco Central no câmbio desde o final de 2022. Veja o que você precisa saber sobre esse assunto:

  • Normalmente, intervenções têm como objetivo corrigir disfunções no mercado. Mas, dessa vez, ela aconteceu por um motivo muito específico.
  • A intervenção pretendia remediar uma possível volatilidade que costuma acontecer dias antes de vencimentos do título público NTN-A, atrelado à variação cambial.
  • Esse título público não é mais negociado no mercado, mas foi muito comum no passado, quando o Brasil tinha uma dívida externa significativa. Esse vencimento, que irá acontecer no dia 15, equivale a cerca de US$ 3,6 bilhões e é referente a dívidas emitidas em 1997.
  • Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, reforçou que a intervenção não tem relação com o patamar atual do câmbio e defendeu que o câmbio é flutuante.
  • A intervenção aconteceu no dia em que a moeda atingiu a máxima do ano. Por isso, nem todos os analistas de mercado acreditaram na justificativa oferecida pelo BC. Há quem acredite que novas intervenções podem acontecer no futuro. A ver.

Mas, afinal, por que o dólar está subindo?

É verdade que fatores internos também pesam na direção da moeda – como as dúvidas em relação ao cenário fiscal, por exemplo –, mas o movimento de fortalecimento do dólar tem sido global neste ano.

Veja, abaixo, o gráfico do DXY, índice que mede a força do dólar em relação a uma cesta global de seis moedas fortes, como o euro, a libra e o iene.

Gráfico do índice DXY, que mede o Dólar contra moedas globais. Gráfico mostra valorização em 2024 até início de abril.

O principal fator na mesa diz respeito aos juros nos Estados Unidos. Quanto mais altos os juros ou por quanto mais tempo permanecerem nesses patamares entre 5,25% e 5,50%, mais o Dólar tende a manter sua força relativa a outras moedas.

Como as apostas por cortes de juros foram adiadas sucessivas vezes, isso também se refletiu na força da moeda.

Então o que fazer?

Prever a direção do Dólar é um dos maiores desafios até mesmo para economistas experientes. Por isso mesmo, muitos especialistas defendem que se tenha uma parcela do patrimônio em dólar como parte estrutural da carteira.

Ainda está em dúvida se é o momento para você comprar dólar? Entre em contato com nossa equipe e converse sobre o tema.

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Mercados na semana

  • Ibovespa: -1,02% | 126.795 pontos
  • S&P 500: -0,95% | 5.204 pontos
  • Nasdaq: -0,80% | 16.249 pontos
  • Dólar: +0,99% | R$ 5,065

Fachada do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

O dado mais esperado da semana

Durante a semana os investidores receberam uma série de indicadores sobre a economia americana e declarações de membros do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Mas quem realmente roubou as atenções foi o Payroll, o famoso relatório de emprego, divulgado nesta sexta-feira.

Por que ele é importante?

  • Essa é a principal medida de emprego no país. Do ponto de vista dos mercados financeiros, a leitura tem sido de “quanto melhor, pior”. Isso acontece porque economias aquecidas sugerem risco inflacionário, indo na contramão da tese de redução nos juros.
  • Esperava-se que o relatório mostrasse 200 mil novos empregos não-agrícolas em março. O resultado veio muito mais forte do que se esperava: 303 mil. O Payroll também mostrou uma taxa de desemprego de 3,8%, abaixo dos 3,9% de fevereiro.
  • Jerome Powell, presidente do Fed, tem reforçado em suas entrevistas recentes que os dados de janeiro e fevereiro mostravam uma economia mais forte, mas que isso não é o suficiente para mudar o quadro geral. Agora, as expectativas se voltam para seus comentários atualizados sobre os dados de março.

A grande questão continua em quando o ciclo de corte deve se iniciar. As apostas do mercado seguem majoritárias para o primeiro corte de juros na reunião de junho, mas agora já com menos convicção do que se havia anteriormente. Crescem as apostas de um adiamento no corte de juros.

Também recomendamos a leitura.

Detalhe de uma nota de real.

Mudanças à vista no Banco Central…

Com qual antecedência você começa a preparar um sucessor para o seu cargo? No Banco Central, o atual presidente da instituição já está oferecendo até conselhos para a próxima pessoa a comandar a autoridade monetária do país.

“Vai ser necessário, sempre é em algum momento, dizer não. Os ciclos são diferentes, os desejos vão ser diferentes, os entendimentos sobre o que é bom vão ser diferentes. Então, é importante ter a firmeza de dizer não, e explicar, para dentro e para fora, que o maior problema é a inflação. O melhor plano econômico é ter inflação baixa e estável”

Roberto Campos Neto, em discurso durante evento do mercado financeiro

O que você precisa saber?

  • O mandato de Campos Neto se encerra em 31 de dezembro de 2024. Durante a semana, ele defendeu que o Senado sabatine seu sucessor ainda neste ano.
  • No momento, a imprensa noticia que o principal nome para substituir Campos Neto é o de Gabriel Galípolo. Ele é ex-secretário do Ministério da Fazenda e diretor do Banco Central, além de nome de confiança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
  • Lembrando: desde 2021, o Banco Central passou a ter mandatos fixos de quatro anos, que não podem coincidir com o mandato de Presidente da República. Pode haver uma recondução ao cargo, mas Campos Neto optou por não permanecer no cargo até 2028.
  • Esse é um cargo estratégico para a economia. Há um histórico recente de embates entre Campos Neto e o governo, que tem cobrado por uma política monetária mais agressiva de redução de juros. É provável que a sucessão no BC ganhe proporções maiores no noticiário ao longo do ano.

…E também na Petrobras?

A novela sobre o comando da Petrobras não terminou. Voltou à mesa a discussão sobre a saída de Jean Paul Prates, e o nome do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ganhou força para ocupar o cargo.

Por outro lado, a polêmica envolvendo os pagamentos de dividendos extraordinários pode terminar. Notícia na imprensa dá conta de que os ministros da Casa Civil, Economia e Minas e Energia concordaram em distribuir os valores de R$ 43,9 bilhões aos acionistas, que foram retidos em março.

Se concretizada a decisão, a proposta deve ser avaliada pelo Conselho de Administração, que tem agenda marcada para o próximo dia 25.


O que mais recomendamos a leitura.

Bitcoin cortado ao meio, simbolizando o halving, que acontece aproximadamente a cada 4 anos.

Está chegando o momento

Anote na agenda: abril já chegou, e com ele um dos momentos mais aguardados do ano no mundo das criptomoedas também se aproxima. É o famoso halving do Bitcoin.

Separamos 3 pontos que você precisa entender sobre o halving:

  1. Esse é o evento que reduz pela metade a capacidade de produção de novas moedas do Bitcoin, reduzindo a recompensa de mineração. O objetivo é gerar escassez e servir como um mecanismo de controle da inflação.
  2. Esse processo acontece a cada quatro anos, aproximadamente. Já aconteceram três halvings na história da moeda: em 2012, 2016 e 2020. Não é possível estimar a data exata em que irá acontecer o próximo, mas estima-se atualmente que será em torno do dia 20 de abril.
  3. Vai haver um rally pós-halving do Bitcoin? Essa é a grande pergunta que os investidores estão se fazendo neste momento. No passado, esse evento ficou conhecido por gerar movimentos positivos nos preços, mas não é possível garantir que isso irá acontecer novamente. Seguiremos acompanhando.

Vale lembrar: no ano, o Bitcoin já valoriza mais de 60%, impulsionado também pela entrada de grandes investidores institucionais após a aprovação dos ETFs de Bitcoin no mercado americano.

O que mais aconteceu nos mercados.

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