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Rating: o que é e como funciona essa classificação de risco?

O que é rating e por que vale a pena entender o conceito?

Quando falamos em investimentos e crédito, entender o risco associado a uma empresa, país ou instituição financeira é essencial para tomar decisões mais seguras. Nesse contexto, o rating é uma ferramenta de extrema importância, pois é usado para medir a segurança de investimentos e ajustar expectativas de retorno.

A capacidade de um agente econômico cumprir suas obrigações financeiras, especialmente seus passivos exigíveis, é um fator determinante no risco de um empréstimo ou investimento.

Neste blog, entenda como essa análise do rating é explorada, os critérios utilizados para calcular essa classificação e muito mais.

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O que é rating?

O rating é uma nota atribuída a uma entidade (empresa ou país) que reflete sua capacidade de honrar seus compromissos financeiros.

Em outras palavras, é uma classificação de risco que informa aos investidores o nível de segurança ao emprestar dinheiro ou investir em títulos dessa entidade.

As notas são geralmente atribuídas por agências especializadas, que avaliam uma série de fatores econômicos, financeiros e de governança para chegar a uma conclusão.

Um rating elevado indica uma maior probabilidade de a entidade cumprir suas obrigações financeiras, enquanto um rating baixo sugere um risco elevado de inadimplência – esse sistema facilita o trabalho de investidores que buscam tomar decisões com base em informações mais estruturadas sobre o risco envolvido.

Como funciona a classificação de rating?

Ela funciona como um termômetro financeiro, atribuindo notas que variam entre as categorias “grau de investimento” e “grau especulativo” – entenda mais sobre ambas ainda neste post.

Quanto maior o rating, menor o risco de inadimplência, e quanto menor o rating, maior a chance de a entidade não conseguir cumprir suas obrigações.

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Essas classificações são elaboradas por agências de rating especializadas – veremos mais sobre elas – que utilizam modelos analíticos sofisticados para avaliar uma série de fatores.

As notas atribuídas vão de AAA (a mais alta) até D (a mais baixa, indicando inadimplência. Com isso, o rating serve de base para que investidores ajustem suas expectativas de retorno e risco.

Quais os aspectos analisados para calcular o rating?

O cálculo do rating envolve a análise de diferentes aspectos financeiros e operacionais da entidade (empresa ou país) avaliada. Entre os principais fatores estão:

  • Taxa de juros;
  • Fluxo de caixa;
  • Nível de alavancagem;
  • Contexto político do país;
  • Solidez do balanço patrimonial;
  • Projeções de resultados futuros.

Esses fatores ajudam a compor um panorama detalhado da saúde financeira, refletindo tanto suas forças quanto vulnerabilidades.

A avaliação de rating envolve tanto critérios quantitativos quanto qualitativos. Os quantitativos analisam aspectos internos, como balanço patrimonial, passivos e fluxo de caixa, enquanto os qualitativos focam no ambiente externo que pode impactar a entidade.

Ambos os fatores são importantes, já que, além da saúde financeira interna, condições externas também influenciam a capacidade de crédito da empresa ou país analisado.

Principais características do rating de bancos

Quando o rating se aplica a bancos, alguns elementos específicos ganham destaque. Instituições financeiras são avaliadas com base em sua solidez de capital, capacidade de gerar lucros, liquidez e exposição a riscos de crédito e mercado.

Além disso, é comum que os analistas de rating considerem a qualidade dos ativos do banco, seu índice de inadimplência e a capacidade de absorção de choques externos.

A estabilidade regulatória e o apoio de governos em caso de crise também podem influenciar o rating de um banco.

No caso de instituições de grande porte, o efeito de um eventual socorro governamental é muitas vezes considerado como um fator positivo para o rating.


Principais agências de rating do mercado

No mercado, ao se mencionar notas de crédito e ratings, a maioria dos investidores se recorda das “big three” – as três maiores agências globais de classificação de risco.

A Standard & Poor’s (S&P), Moody’s e Fitch Ratings. possuem sua própria metodologia de avaliação, mas todas seguem princípios similares ao analisar a capacidade de pagamento de dívidas.

  • Standard & Poor’s: uma das mais antigas e respeitadas agências do mundo, é conhecida por seu sistema de classificação que vai de AAA até D.
  • Moody’s: atua de forma bastante semelhante à S&P, porém com uma escala ligeiramente diferente, que vai de Aaa até C.
  • Fitch Ratings: oferece avaliações tanto de países quanto de empresas, utilizando uma escala de rating similar às outras duas.

Embora existam outras empresas que realizam essas avaliações, essas três são amplamente reconhecidas e aceitas por investidores, países e agentes financeiros. Juntas, as “big three” dominam mais de 90% do mercado de classificação de risco.

Além dessas agências globais, há também classificações feitas por agências locais que, muitas vezes, são mais relevantes para avaliar o risco específico de países emergentes.

Entenda como funciona o rating de países

O rating de crédito de países é uma ferramenta usada para medir a capacidade de um governo de honrar suas obrigações financeiras, incluindo o pagamento de dívidas e juros.

Essa classificação é atribuída pelas agências citadas no tópico anterior, que avaliam diversos fatores econômicos, políticos e fiscais do país para determinar o nível de risco que ele oferece aos investidores internacionais.

Essas classificações são fundamentais para os investidores ao avaliar a viabilidade de investir em títulos soberanos de um país ou de realizar investimentos diretos.

Países com ratings elevados, considerados de “grau de investimento”, são vistos como opções mais seguras, enquanto aqueles com ratings mais baixos, classificados como “grau especulativo”, apresentam maior risco de inadimplência, exigindo, muitas vezes, taxas de retorno mais altas para compensar o risco.

Atualmente, o rating do Brasil é avaliado com grau especulativo pelas principais agências de classificação, ocupando a faixa BB- (Standard & Poor’s e Fitch) e Ba2 (Moody’s).

Isso coloca o país em um nível de risco considerado elevado para investidores internacionais, exigindo uma maior compensação para os investimentos, dado o risco percebido de inadimplência.

Entenda melhor esse contexto no infográfico a seguir.

rating: as classificações das agências de risco

Fonte: O Globo

Quais são os tipos de rating?

Além de conhecer as principais agências de classificação de risco, é fundamental entender os diferentes tipos de rating e o que cada um deles representa.

A classificação pode ser feita com base no grau de risco de crédito e em notas que indicam o nível de solvência de uma entidade.

Rating por grau

O rating por grau classifica os ativos de acordo com seu risco de crédito em duas grandes categorias: grau especulativo e grau de investimento. Essa classificação permite que investidores avaliem se a relação entre risco e retorno de um ativo é adequada para suas carteiras.

1. Grau especulativo

Os ativos classificados como grau especulativo apresentam maior risco de inadimplência, o que significa que existe uma chance mais elevada de a entidade não cumprir suas obrigações financeiras.

Em contrapartida, esses ativos oferecem um potencial de retorno financeiro mais alto, justamente para compensar o risco assumido.

Essa categoria inclui países com alto nível de dívida em relação ao PIB, instabilidade política e econômica, além de empresas altamente endividadas e com balanços financeiros frágeis.

2. Grau de investimento

No grau de investimento, estão os ativos com menor risco de inadimplência. Esses títulos são considerados mais seguros e, por isso, oferecem uma rentabilidade menor, já que o risco associado também é mais baixo.

Geralmente, países desenvolvidos e com economias estáveis se enquadram nessa classificação, assim como empresas financeiramente saudáveis e com baixos níveis de alavancagem.

Rating por nota

O rating por nota detalha o nível de risco dentro de cada grau, fornecendo uma visão mais precisa da qualidade de crédito de um ativo. As notas variam dentro das categorias de grau especulativo e grau de investimento, ajudando o investidor a avaliar com mais precisão o equilíbrio entre risco e retorno.

1. Notas no grau especulativo

No grau especulativo, as agências como Fitch e Standard & Poor’s utilizam uma escala que vai de D (a mais baixa) até BB+.

As notas começam em D para indicar alto risco de inadimplência, passando por C, CC, CCC e várias subdivisões de B (como B-, B e B+), que representam um risco moderadamente elevado.

Na Moody’s, a escala é ligeiramente diferente, com a classificação mais baixa sendo representada por C, seguida de Ca, Caa e várias subdivisões de B (como B3, B2 e B1).

Embora as nomenclaturas variem entre as agências, o conceito de risco permanece o mesmo.

2. Notas no grau de investimento

No grau de investimento, as notas começam em BBB- (no caso da Fitch e S&P) e vão até AAA, a classificação mais alta, indicando o menor risco possível. As notas intermediárias incluem variações como BBB, BBB+, A, AA, até atingir a nota AAA.

Na Moody’s, a escala de grau de investimento começa em Baa3 e vai até Aaa. Assim como nas outras agências, as classificações mais altas refletem entidades com excelente capacidade de honrar suas dívidas, com um risco muito baixo de inadimplência.

Compreender como funciona o rating é essencial para investidores, instituições financeiras e gestores de risco. Ele oferece uma visão detalhada da capacidade de pagamento de uma entidade, permitindo que decisões sejam tomadas com base em informações mais seguras e estruturadas.

Ficou com alguma dúvida? Fale com o time da Renova Invest.

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